Todos sabemos que depois de a Assembleia da República o ter autorizado, o governo apresentou um regime jurídico do jogo online que foi aprovado e publicado em Diário da República, estando de momento apenas a aguardar o ok de Bruxelas acerca dos regulamentos (período Status Quo). Para que não haja qualquer dúvida: o modelo aprovado é um modelo aberto, ou liberal, que se traduz na atribuição de licenças, sem número limite e a qualquer momento. Não há exclusivos. Basta requerer as licenças. Tudo o que seja diferente disto é uma fraude à lei!
Relativamente ás noticias que hoje vieram agitar a comunidade do poker português, após vários meses de espera, no que respeita à abertura do mercado, ficam certas dúvidas no ar.
Adolfo Mesquita Nunes em tempos disse que “Estou a par, como sempre estive, dessa vossa preocupação e não vejo, na versão que foi conhecida em Junho, onde está proibida a liquidez internacional.” Tudo bem, mas não falam do mercado ser aberto ou fechado. Embora o mesmo tenha dito que “Ter um mercado aberto e por licença, e não fechado por exclusivo, constituiu uma inovação face a todo o pensamento anterior que o Estado tinha nesta matéria”.
Com a reunião que houve hoje em Lisboa na Conferência de GamblingCompliance, à qual o nosso representante D33P já efectuou o seu resumo no pokerpt.com, ficamos extremamente confusos.
Parece que a Dra Manuela Bandeira do SRIJ não entende muito acerca do tema, ou então isto tudo já estava programado há muito tempo para, ao fecharem o mercado, o poker online acabar, pois a liquidez online esgota-se, deixando assim os Casinos em Portugal com o Monopólio do Jogo que irá ser maioritariamente ao vivo.
Por seu lado, a Santa Casa ficará com as apostas desportivas (Placard), uma vez que nenhuma operadora com os impostos que eles querem cobrar irá entrar no mercado português pois irão perder dinheiro.
Fomos Todos enganados? Penso que sim mas espero até dia 7 deste mês para saber qual o parecer da comissão europeia acerca do que foi enviado para lá. Dia 7 estará tudo escrito e aí poderemos começar a pensar no que fazer, desde petições, a boicotes ao jogo live em Portugal, processos crime contra os respectivos responsáveis por esta matéria, bem como queixas á União Europeia.
Ouvi dizer que algumas operadoras, hoje, já começaram a fazer isso, uma vez que ao candidatarem-se ás licenças já desembolsaram algum e pelos vistos as coisas não estavam como foi escrito e prometido. 
Os próximos tempos podem não ser os melhores para a nossa comunidade de jogadores online, mas cá estaremos para dar luta.
Abraço,
Hencus